Tratamento de plantas
Adubos para plantas:
As plantas crescem de acordo com os elementos que encontram no solo onde crescem e se desenvolvem.
A Lei de Liebig, também conhecida como a lei do mínimo, atribuída a Justus von Liebig, considerado o pai da agricultu
ra moderna, enuncia que o crescimento das plantas é determinado pelo elemento presente no solo na quantidade mínima adequada.
A partir deste enunciado, facilmente se chegou à conclusão de que a adição de macronutrientes essenciais, azoto, fósforo e potássio, garantem o melhor desenvolvimento das plantas. A partir desse momento, a fórmula NPK (azoto, fósforo e potássio) passou a ser comercializada como adubo. A adubação é a prática agrícola que consiste no fornecimento de adubos ou fertilizantes ao
solo, com o objetivo de recuperar ou conservar a sua fertilidade.
Através desta prática pretende-se compensar a carência de nutrientes e proporcionar o desenvolvimento adequado das culturas vegetais. Adubar uma planta significa, assim, fornecer-lhe todos os elementos indispensáveis para o crescimento saudável, sendo para isso necessário conhecer as necessidades gerais dos vegetais e as necessidades específicas de cada espécie que se pretende cultivar.
Grupos de fertilizantes
A adubação pode ser feita de várias formas, nomeadamente adubação no solo, adubação por rega e adubação foliar. De uma forma geral, as plantas necessitam de um vasto conjunto de elementos para um correto desenvolvimento. Enquanto as plantas retiram
do ar o carbono, o oxigénio e o hidrogénio, os restantes devem estar disponíveis para as plantas a partir do solo, pelo que os adubos ou fertilizantes fornecem os restantes elementos que se podem dividir em dois grupos.
O primeiro grupo é formado pelos chamados macronutrientes, que devem ser disponibilizados com alguma frequência, englobando o azoto (N), fósforo (P) e potássio (K). No segundo grupo encontram-se os micronutrientes que, embora não exijam aplicações tão frequentes, desempenham um papel muito importante no crescimento das plantas. Cada um dos elementos de uma a adubação NPK é de uma importância vital para as plantas.
Azoto
É o principal agente do crescimento das plantas. A maior parte do azoto é absorvido pela planta nas primeiras fases de vida, armazenando-o nos seus tecidos. A falta deste elemento numa fase inicial pode retardar o crescimento e conseqüentemente a produção. A sua carência manifesta-se ao nível das folhas, que passam a apresentar cor verde pálida ou verde amarelada enquanto o excesso produz abundante folhagem de coloração verde escura.
Veja na página seguinte: Fósforo, potássio e adubos químicos
Fósforo
A sua presença é indispensável para a planta, transformando os hidratos de carbono em açúcares, participando no processo de divisão celular, sendo também um dos agentes intervenientes da formação da clorofila e ainda aumenta o desenvolvimento radicular, proporcionando à planta maior capacidade de absorver os elementos férteis do solo.
Age diretamente na qualidade dos frutos e maturação das sementes e a deficiência desse elemento pode ser percebida quando as folhas tomam coloração arroxeada.
Potássio
Indispensável à produção dos amidos e açúcares, intervém ao nível da floração e frutificação. Sem este elemento a planta apresenta dificuldades ao nível do desenvolvimento. As substâncias designadas por fertilizantes podem atuar de duas formas.
Podem agir através de ação direta, isto é, proporcionando às culturas uma maior disponibilidade dos elementos nutritivos
que
lhes são mais necessários, recebendo a designação de adubos, ou através de ações predominantemente indiretas, ou seja, atuando ao nível da melhoria nas diferentes características do solo, sendo neste caso apelidados de corretivos.
Embora os produtos utilizados como corretivos agrícolas, como por exemplo os substratos, que se encontram facilmente à ven
da, possuam, quase sempre, elementos nutritivos e, como tal, apresentam também algum efeito fertilizante direto, a sua principal função é exercida indiretamente, através da melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos.
Adubos químicos e orgânicos
Os adubos podem ser divididos em dois tipos: os adubos químicos e os adubos orgânicos, dependendo da sua composição, sendo que todos os elementos referidos anteriormente são encontrados em ambos os tipos de adubo. A adubação com produtos químicos é geralmente excessiva em relação à capacidade de absorção das plantas, pelo que devem ser aplicados rigorosamente de acordo c
om as instruções transmitidas.
Correndo o risco de uma sobredosagem na aplicação destes produtos, os nutrientes em excesso não absorvidos pelas plantas podem provocar efeitos indesejáveis, como alterar a comunidade biótica do solo e serem lixiviados para os cursos de água superficiais ou aqu
íferos. Por exemplo, o azoto é facilmente transportado pela água da chuva, podendo provocar eutrofização, ou seja, crescimento excessivo de algas e outros micro-organismos aquáticos, devido ao excesso de nutrientes, levando ao consumo excessivo de oxigénio, o que po
de por em risco a vida em meios aquáticos.
No caso dos fertilizantes orgânicos, estes apresentam um nível de segurança maior em relação a possíveis excessos, pois estes são absorvidos de forma gradual e controlada pelo solo e pela planta, consoante as suas necessidades. Os adubos orgânicos são libertados lentamente, podendo a sua ação não ser tão imediata, mas em compensação têm ação prolongada, acompanhando as diferent
es fases de crescimento das plantas, fazendo com que estas tenham uma quantidade mínima de nutrientes constante, favorecendo também a formação e estruturação da microflora do solo.
Veja na página seguinte: Conselhos de utilização dos adubos
A oferta ao nível de adubos e substratos orgânicos é cada vez maior, encontrando-se disponíveis produtos específicos para vários tipos de plantas e culturas.
A sua utilização tem vindo a aumentar, nomeadamente em agricultura biológica e em locais de maior proximidade como os jardins, que, por serem locais onde habitualmente as crianças gostam de brincar, a sua ingestão, muitas vezes provocada pela curiosidade natural dos mais pequenos não representa perigo de maior, ao contrário dos produtos químicos cujos efeitos podem ter consequências bastante graves para a saúde.
Conselhos úteis
Estas são algumas das recomendações a ter em linha de conta:
- Seja qual for o tipo de adubo que pretenda utilizar, químico ou orgânico, certifique-se que a sua compo
sição está de acordo com as necessidades específicas de cada tipo de planta.
- Se optar por um adubo químico, respeite escrupulosamente as doses indicadas nas embalagens. Nestas situações, pe
nsar que quanto mais melhor é um erro que pode trazer consequências graves para as
plantas e para o solo.
- Um solo saudável, com propriedades físicas, químicas e biológicas adequadas, é uma boa base para qualquer cultura, pelo que é aconselhável a incorporação de um substrato rico em valores nutritivos.
- Tenha em conta que o uso de substratos ou adubos orgânicos, embora de ação menos rápida, asseguram à pla
nta nutrientes durante um maior período de tempo, com menor perda para o ambiente.
- Tenha em conta a proximidade e os locais onde vai proceder à adubação. Se proceder à adubação em locais frequentados por crianças, quer seja em jardins ou vasos, o uso de adubos ou substratos orgânicos não apresentará grandes riscos quando comparados com os efeitos nocivos provocados pelo produtos químicos.
pesticidas:
A medida que a conscientização em relação ao ambiente aumenta, muitos jardineiros vêm se interessando em opções para minimizar o uso de pesticidas nas paisagensde sua casa. Felizmente, há algumas boas alternativas para controle de insetos e de doenças. Entender o que as plantas exigem e aprender como gerenciar as pragas no clima predominante são os primeiros passos para reduzir a necessidade de pesticidas. O escritório local pode fornece
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r conselhos comprovados cientificamente de métodos alternativos para controle de problemas com as pragas.
Prevenção de problemas com pragas
Controles físicos
Controles biológicos
Pesticidas orgânicos
Onde os controles preventivos físicos e biológicos não demonstrarem eficácia, substâncias orgânicas podem ser usadas como uma alternativa aos pesticidas convencionais. Os pesticidas orgânicos são geralmente substâncias que ocorrem naturalmente no ambiente, mas os jardineiros devem notar que apesar de ser orgânico, não quer dizer que não possa ser tóxico. Por exemplo, os pesticidas de piretrina são baseados em substâncias químicas naturais encontradas nos crisântemos. Eles são agentes eficazes contra insetos, mas devem ser utilizados de acordo com as instruções do rótulo. Neem, sabão inseticida e óleo de horticultura são outro
s produtos orgânicos usados contra as pragas.